quarta-feira, 1 de outubro de 2008

estamos próximos de nos afogar

Há uma mulher agarrada à rede das obras a gritar. Não se percebe o que diz, mas berra como um animal em desespero. Há sacos com lixo caídos no chão. São da mulher que grita. Nas obras os homens fingem não ver. As mãos da mulher agarram a rede e abanam-na com força, a maior força que tem. De repente acalma-se e diz

Estamos próximos de nos afogar.


E eu acredito nela.