terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

o médico outra vez

Desta vez havia um sol tímido pela janela e o silêncio foi mais curto. O médico disse que era um jardineiro de almas, aparava, dirigia, cortava. Que era uma pessoa tímida, mas radical.

- Só há três coisas importantes na vida: amor, sexo e morte.

É católico não praticante e tem a ideia de que a fé só pode ser interrogativa. Citou Jung para afirmar que o que faz, ser jardineiro de almas, implica necessariamente um amor pelo o outro. Ela acreditou. Havia nele ago de solitário e de amoroso, ao mesmo tempo. Depois, sem razão nenhuma, ele disse:

- Não há criação sem sofrimento.

E ela assentiu.

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