domingo, 22 de junho de 2008

fim de semana?

Sábado de manhã no Museu da Música, um stradivarius de Dom Luís, o piano de Luis Freitas Branco, miúdos a correr de um lado para o outro, miúdos a tentarem não fazer barulho enquanto outros miúdos tocam piano, viola, violoncelo, violino. O Micas toca duas composições, faz um gesto com a mão para evitar as palmas, seguro, concentrado. O Sebastião toca uma melodia jazzística em grande estilo. Aplausos. Risos. Almoço no Deli, um cansaço sem fim, cabeleireiro, dor de dentes intensa, comprimidos, vestido, calças, sapatos, interrogações de última hora, nada de maquilhagem, rimmel talvez e depois Rodrigo Leão no Casino Lisboa, composições novas, uma luz que atinge e nos cobre de uma nostalgia feliz, se tal for possível. Presos na cidade, uma da manhã, trânsito compacto, operação stop, miúdos com sono, muito sono. Domingo, Sabat Mater nos Jerónimos, os miúdos do Conservatório, o Gugas a cantar maravilhosamente e as lágrimas a escorrerem sem remédio. Piscina e frango assado, um atlas para entregar na escola, a minha Inês ao telefone, suspiros e risos, caracóis do filho do menino do Júlio dos caracóis ao fim do dia, itália espanha, silêncio por fim. Fim de semana? Sim. Uma espécie de fim de semana.