Ontem à noite em Lisboa um a fadista deslocou-se na sala escura.
Pela sala o seu corpo em trajes pretos.
Houve um momento de silêncio e a voz soltou-se.
Uma voz a preto e branco, a saber a antigo, um ligeiro arrepio, coisas inúteis que deixaram de nos ocupar para viajar dentro do fado, da voz da mulher de preto.
Por breves momentos houve uma magia com guitarras e contrabaixo.
Era de noite em Lisboa e estava-se menos só.
Figueira da Foz, 5 de Março
Há 15 anos
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