quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Carta para Inês

Princesa

Aí no calor de ananases onde estás decerto que a chuva de Lisboa não te deprime. Eu fico cinzenta. Pareço uma nuvem, uma ameaça. Imagino-te no Leblon, subindo a Prudente de Morais, entrando na Travessa, depenicando aquelas coisas maravilhosas que abundam pelas estantes, capas de livros, contracapas, um mundo de histórias.
Oiço-te a rir nos jantares com poetas e outros amigos e ainda me pergunto se tiveste tempo, se foste às compras, se tens um vestido novo. Coisas pequenas
Escrevo-te assim porque tenho saudades tuas, do teu número a piscar no meu telemóvel. Uma coisa um bocadinho lamechas, mas o que queres? Está a chover em Lisboa e eu fico assim.
Um beijo